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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Ovinos Santa Inês



OVINO SANTA INÊS: O FUTURO DA OVINOCULTURA MUNDIAL

O ovino da raça Santa Inês é um ovino deslanado, originário do Nordeste do Brasil, e formado supostamente pêlos cruzamentos aleatórios das raças Bergamácia, Morada Nova e Somalis. Após décadas de seleção, ele se tornou um produto muito cobiçado por países que têm na ovinocultura uma atividade importante.

O Santa Inês tem o padrão racial homologado pelo ministério da Agricultura e praticado pela Arco – associação Brasileira de criadores de Ovinos como: Ovino deslanado, de grande porte, mocho, com pelagem variada, machos adultos com 80 a 100 kg, fêmeas adultas com 60 a 70 kg.

Cabeça, de tamanho médio, com perfil semi-convexo, focinho alongado, boa separação entre os olhos, narinas proeminentes com mucosas pigmentadas, orelhas carnudas, coberta de pelos com forma de lança, tamanho médio, inserção firme e um pouco inclinadas na direção do comprimento da cabeça, pescoço de tamanho regular, alongado bem inserido no corpo, com ou sem brincos, corpo de tronco forte, quartos dianteiros e trazeiros grandes, de ossatura vigorosa, dorso tendendo a reto podendo apresentar pequena depressão na cernelha, garupa levemente inclinada, tendo apoio em quartos fortes e bem colocados, cauda de comprimento médio, não passando dos jarretes, membros com ossos vigorosos, cascos escuros ou brancos, de acordo com a cor das mucosas nasais e orbitas oculares, com pelagem das cores pretas, vermelha e branca e suas combinações, tem aptidão para produção de carne e pele, fêmeas proliferas e boas criadeiras, com freqüentes partos duplos, e excelente capacidade leiteira, adapta-se a ambiente com bons recursos forrageiros, pois é exigente quanto à alimentação.

São defeitos desclassificatórios: mucosas nasais e cascos brancos nas pelagens de cor, porte pequeno, cobertura muscular deficiente nos quartos, no lombo e na garupa, orelhas penduradas na inserção, perfil da cabeça ultra-convexo, nuca estreita, presença de chifres ou rudimentos de chifres, monorquidia, criptorquidia e hipoplasia de testículos, prognatismo, lordose, cifose e tronco excessivamente curto, falhas de aprumos e ossos finos.

O ovino Santa Inês tem a principal finalidade de produzir carne, os criadores através da seleção e manejo alimentar, vem melhorando sua carcaça, colocando mais carne no traseiro, no lombo e na cobertura da palheta, ficando a carcaça mais próxima do que podemos chamar de ovino tipo carne. Isso foi conseguido com muitos anos de trabalho de seleção, pois a Santa Inês não foi formado por cruzamentos programados, é uma raça formada por cruzamentos de ovinos que não eram produtoras de carne por excelência.

O melhoramento é notório se compararmos a vinte anos atrás, a raça era muito heterogênia, tendo vários tipos em diversas regiões, se pregava que o verdadeiro Santa Inês era o vermelho, outros achavam que era o preto, os de pelagem preto e branco, vermelho e branco e branco sofriam preconceitos.

Hoje já se consegue uma homogeneidade relativa, os próprios criadores se incoberam de produzir um carneiro para o mercado, de corpo médio, carnudo, com bons aprumos, precoce, e que atendesse todos os requisitos do padrão racial.

Porém alguns entendidos,temem em afirmar que o verdadeiro Santa Inês é o que nós criávamos a 20 anos atrás, pernaltas, pobres de lombo, sem culote sem nenhuma melhoria zootécnica ou seja, todo o trabalho de melhoramento não tiveram resultados pois na opinião desses entendidos o melhoramento só ocorreu com a introdução de sangue “exóticos” no Santa Inês.

O verdadeiro Santa Inês não existe, pois é uma raça em formação, ainda hoje é aceito o registro em livro aberto (base) para fêmea, desde que esteja dentro do padrão racial, não necessariamente ovinos cruzados das raças bergamacia, morada nova e somalis.

Fundada em Salvador em julho de 1999, a Associação Brasileira de Ovinos Santa Inês e que hoje tem sua sede em Alagoas, foi formada com a finalidade de em pouco tempo associar a maior quantidade possível de criadores para termos uma representatividade no cenário da ovinocultura nacional, e assim que esse número for representativo será aberto um fórum de debates, para discutir o padrão racial com embasamento técnico e racionalidade, o importante e que estamos avançando, países como Tailândia, Portugal, Argentina e Peru já tem exemplares do nossa raça, Alemanha, Estados Unidos e África do Sul já se mostraram interessados em importar nosso Santa Inês.

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